UM BLOG DEDICADO AO SURREALISMO DA MINHA MENTE. COM POEMAS, SONHOS E TEXTOS.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Minha loucura, tua pena, meu amor, tua misericórdia

Aquele sangue, que nunca correu em minhas veias.
Embora seja teu, trazia-me toda a vitalidade.

Eu estava irritada e a faca alí não fazia sentido.
O que você fez? Por que se feriu?

Não te pertenço para se aborrecer assim.
O tabuleiro que me pertencia, atirado ao chão.
Peças quebradas, ah o cavalo!
O Cavalo! Como pôde?

O que te aborreceu? Conte-me, querido.

Corro pela sala, preciso atar o sangramento.
Preciso por a mão em seu peito.
Preciso tirar a dor que guarda aí.
Toda essa melancolia.

O corte não era profundo, não como a fenda que se abriu em sua alma.
Não como toda a dor que coloquei aí.
E sem saber, sem saber.

Sua palidez quase me afogava em minhas lágrimas.
Por favor, fique. Não se vá pela noite fria e escura.
Eram minhas fotos, meus poemas. Tudo queimado.

Aquelas palavras, oh, por quê?
Por que não me parou?
Por que não me beijou?
Não me arrancou a voz?

Tarde demais ou cedo demais.
Minha culpa. Minha arma.
Minha cena do crime.

Perdeu-se em seus limites.
Não aguentou ser como eu.
Viver minha vida e minha rotina.
Não aguentou ser meu guarda, meu amante e meu confidente.

Te contaria tudo, mas agora quero parar tudo.
O sangue... oh Deus, ele não pára.
E você não pára, não se entrega.
Cuido de ti, eternamente.

Sempre te amei tanto, além do comum.
Foi comigo que aprendeu essa neurose.
Essa coisa aí, o que chamam de amor.
Isso te enlouqueceu.

Apoiada na parede te vejo cair.
Se escorando, perdendo as forças.
E a corredeira rubra te acompanha.

Venha para meus braços.
Venha, me recuso a te deixar morrer.
venha minha estrela, me recuso a te deixar apagar.

Cada mundo a que pertencemos está desmoronando.
Está ruindo e seus pedaços irão cair sobre nós.
Assim, abrace-me forte. E esqueça o que te fiz.

Nunca te quis ferido, caído.
Ao meu lado para sempre, foi o que desejei.
Em minha vida, em minha morte.
Em cada pedaço de minha pele, desejei.

Me esqueci de te amar da forma que era.
Mesmo sendo impossível de se concretizar.

Sempre cuidou de mim.
Me guardou e me iluminou.
Sempre foi meu anjo.
Por que tinha que arrancar-lhe as asas?


*Dedicado ao meu amigo Roberth.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

You should know


Você faz parte de tudo o que eu sou hoje.
Você me trouxe aqui.
Abriu a janela e me mostrou um novo horizonte.
Me abriu a mente.
Me surgiu nos sonhos.
Foi meu incentivo nos meu melhores e piores dias.
Fez-me à sua semelhança.
Fez-me te admirar sem limites.
Mostrou-me o que é paixão platônica.
Me ensinou a amar idéias e pessoas.
Me ensinou a te amar e a te odiar.
Cantou em meus ouvidos enquanto dormia.
Adornou tudo ao meu redor com sua imagem.
Fez-me chorar enquanto menina.
Fez-me corar nos devaneios da adolescência.
Cresci e te respeitei mais ainda.
Hoje como ser humano, como homem e como ídolo.
Quero sempre o que vier de ti.
Quero que continue a escrever-me.
Me ajudar a me desvendar.
E sempre seremos o mesmo, eu sempre serei o que chamo de ti.
Sempre terá um pouco do que chamo de mim.
As lágrimas hoje são de emoção.
Pois um simples símbolo não faria isso.
Mas um ser de carne, osso e sentimento como és.
Quarenta e dois anos de existência.
Nove anos de pura admiração e amor sincero.
Mas te dedico minha vida toda.
Os restos de meus dias e a promessa de além deles...
No âmago de meu ser, é lá onde mora sua lembrança.
É de lá onde nem Deus pode te tirar.
vai-se em vida, fica em espírito.
Um pedaço dele estará reservado para cada um que te ama.
Te odeio por te amar tanto.
Por ser meu guia e meu oráculo.
Por ser sempre a perfeição encarnada.
Por simplesmente me influenciar como pessoa.
Admiro sua inteligência, que me faz analisá-la.
Amadurecendo assim também.
E meus sonhos continuarão os mesmos.
E você sempre terá um espaço sagrado neles.
Pois é meu maior sonho.
E já se realizou ao existir para mim.
Vendo-o assim, no meio de uma multidão.
Mais um díscipulo a te seguir.
Ainda assim, Senhor Manson...
Ainda assim és para mim o tudo e o nada.
O ponto essêncial em minha vida.
Mesmo eu não passando de um grão de areia na sua.
Mas com tantos grãos, cada um com suas propriedades...
Tens seu punhado de areia... Tens seu mundo e sua vida.
E todos que estão nela, creio que serão amados ou odiados de alguma forma.
E seremos digno de algo que venha de ti.
Assim como é digno de algo que venha de nós.

Que sempre haja algo te guiando, que seja uma estrela.
Que brilhe sobre nós, que nos aqueça, sempre.

Feliz quadragésimo segundo aniversário! Que a vida se encarregue de esticar essa data por muitos e muitos anos.

Sr. Brian Hugh Warner, que continuo a amar na mesma intensidade que odeio. Agradeço pelos paradoxos.

Com amor ou qualquer outra coisa,

Bi Andrade.

Mensagem traduzida, enviada originalmente no dia 5 de Janeiro de 2011 às 23:34.