UM BLOG DEDICADO AO SURREALISMO DA MINHA MENTE. COM POEMAS, SONHOS E TEXTOS.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Brumas em meus sonhos


Um silêncio ruidoso despertou o nosso olhar.

Eram as engrenagens da mente
e do tempo a trabalhar.

Ecos de passos longínquos
e o peito a arfar.

Sons em cores mortas
e uma imagem a se formar.

Eras tu entrando em meu sono
e era o medo de sonhar.

Em mim o medo da certeza
e a vontade de esperar.

As janelas estão fechadas
mas a luz insiste em entrar.

Acordar. Acordar.
Acordar...

Num instante

A brisa era fresca
E o som agradável
Por mais quanto tempo
Eu iria ficar ali
Estática
Assitindo meus sonhos sendo destruídos
Com um sorriso no rosto

O destino não é tecido
Pelas mesmas mãos
Que tecem os desejos

O paraíso foi diluído
Dificilmente encontrará sua parte boa

Muros cinzentos
Aprisionam nossas feras
E o martelo do grande Deus
Irá destruí-lo
Para que nos devorem
Então o ódio tomará conta

O gelo transformado em ópio
Irromperá pelas narinas
Buscando um resquício de ar
Busca um fogo para queimar

Manda-me ao paraíso
Envolta em seus braços
Não clame por minha volta
Deixe-me deixar de existir

Meu anjo me levou
E eu estática em seu leito
Apertada contra seu peito
Gelada, inanimada
De alma inteiramente queimada