UM BLOG DEDICADO AO SURREALISMO DA MINHA MENTE. COM POEMAS, SONHOS E TEXTOS.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Eu sonhei um sonho

Houve um tempo em que os homens eram gentis
Quando suas vozes eram suaves
E suas palavras convidativas
Houve um tempo em que o amor era cego
E o mundo era uma música
E a música era excitante
Houve um tempo... e de repente tudo ficou errado
Eu sonhei um sonho em um tempo passado
Quando as esperanças eram grandes e a vida valia ser vivida
Eu sonhei que o amor nunca acabaria
Eu sonhei que Deus seria misericordioso.


Eu era jovem e não tinha medo
Quando os sonhos eram realizados e usados e jogados fora
Não havia resgate a ser pago
Nenhuma música sem ser cantada, nem vinho não degustado.


Mas os tigres vêm a noite,Com suas vozes suaves como trovão,
Enquanto eles despedaçam sua esperança
Enquanto eles tornam seus sonhos em vergonha
Ele dormiu um verão ao meu lado.


Ele preencheu meus dias com maravilhas sem fim,
Ele levou minha infância em seu passo
Mas ele se foi quando o outono veio.


E ainda assim eu sonhei que ele voltaria para mim
E que viveríamos os anos juntos,
Mas existem sonhos que não podem ser sonhados
E existem tempestades que não podem passar.


Eu tive um sonho que minha vida seria
Tão diferente deste inferno que eu

Tão diferente agora do que parecia

Agora a vida matou o sonho
Que eu sonhei.





Os Miseráveis


PS: Essa música é muito linda e muito tocante, tanto a original de Los Miserables, quanto a versão de Os Miseráveis. Tanto a melodia é simplesmente perfeita, e ganhou um toque especial na voz da cantora Suzan Boyle que teve seu vídeo assistido pelo mundo todo. E não poderia deixar de postar aqui o link para o vídeo dela:

http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo

Até Mais ver!

sábado, 16 de maio de 2009

Sublime Volúpia


Sim eu consigo sentir
O calor que emana de ti
Tão longe que não posso tocar
Tão perto que posso sonhar
O toque...
Me deixará sentir?

A pele macia que jamais esqueço
Os olhos de ressaca que olhando-os adormeço
A dor febril que tudo isso me provocará
São desejos incontidos que não posso camuflar

Renda-se ao toque de minhas mãos
Uma vez apenas para não se livrar jamais
Te prendo com minhas pernas para que não
Fujas e olhe para trás

São apenas gestos que queria lhe mostrar
São apenas angustias das quais queria me livrar
São apenas peles querendo se enlaçar
São apenas almas querendo se entregar

Sou apenas eu
Querendo ser sua
Lhe ofertando meu corpo
Que espera ser teu

Tocar a seda de sua pele
Inteiramente nua
Provocar os teus sentidos
Até que me possua

Alva pele que me encanta
Saliva doce que me afoga
Abraço ardente que me envolve
Mão macia que me afaga

Perfeito e surreal
E Não está a meu alcance


Bi Manson

Chá Noturno



Queimo meu corpo no fogo do delírio
Altas horas da noite
No meu quarto à meia luz
Olhando para o teto

E um anjo me espia
As janelas trancadas
Coisas espalhadas
E uma xícara de chá de lírio

A figura esguia de uma sombra familiar
Só mais um anjo que veio me guardar
Durante meus devaneios incansáveis

Mantenha-me quente
Sol da noite incandescente
Brilha e ofusca meu olhar
Vem de longe me buscar

Buscar meus olhos
Para que viajem
Através de outras dimensões
E vejam a realidade surreal
De um sonho inacabado
De um mundo nunca explorado

Anjos venham me acompanhar
Nessa noite fria de quase inverno
O uivo dos ventos já se escuta
A voz e pouca e quase muda

Mente psicodélica
Que insiste em criar
Alucinações intermináveis
Que tantam me alcançar

Num transe profundo
Me desligo do mundo
E mergulho no âmago de meu ser

Brisa
Tontura
Tortura
Faca
Sutura

Já não era sã
Já não era santa
Perdi o juízo
Me entreguei ao delírio

Meu quarto volta ao que era
A brisa se esvai
Meus anjos se vão
Antes beijam-me a testa
Me dão a benção

Sozinha novamente
Mergulhada em minha mente
Passam-se as brisas
Os delírios
Os devaneios
Porém não consigo me livrar
Do que mais tento

De mim
E de meus pensamentos



Bi Manson