Sinto a morte chegar
E me levando aos poucos
Sinto a suave brisa do cemitério
Vejo a vida me deixar
Com um lindo sorriso
Vi a luz de seus olhos se apagarem
Seu corpo desfalecer
Sua boca tremer
E seus olhos se inundarem
Com lágrimas de sangue
Ouço os sinos tocarem
E seu coração bater mais forte
Meu corpo frio
Congelando o seu
Suas mãos me tocam pela última vez
Chega a hora de te dar adeus
Deixar sua vida
E seguir vagando pelos cemitérios
E corredores de hospitais
Meu sangue derramado
Te lembrará este dia
Em que a morte me levou
E te deixou nessa injusta vida
A terra divina
Amaldiçoada se tornará
Com milhões de corpos
E suas almas a agonizar
Surge a brisa
Que traz o frescor dos cravos
As rosas murcham
E o tempo se torna vago
* Achei esse poema em outro blog meu, muito antigo, lembrei-me que tenho um caderno de poesias mórbidas... Sim minha fase decadente, na qual comecei a escrever e me interessar por poesias, na época por conteúdo sombrio, hoje em dia gosto desde Baudelaire até Pablo Neruda. Vou postando-as aqui pouco a pouco, intercalando com a minha mais nova fase.
Bi