A brisa era fresca
E o som agradável
Por mais quanto tempo
Eu iria ficar ali
Estática
Assitindo meus sonhos sendo destruídos
Com um sorriso no rosto
O destino não é tecido
Pelas mesmas mãos
Que tecem os desejos
O paraíso foi diluído
Dificilmente encontrará sua parte boa
Muros cinzentos
Aprisionam nossas feras
E o martelo do grande Deus
Irá destruí-lo
Para que nos devorem
Então o ódio tomará conta
O gelo transformado em ópio
Irromperá pelas narinas
Buscando um resquício de ar
Busca um fogo para queimar
Manda-me ao paraíso
Envolta em seus braços
Não clame por minha volta
Deixe-me deixar de existir
Meu anjo me levou
E eu estática em seu leito
Apertada contra seu peito
Gelada, inanimada
De alma inteiramente queimada