Liberta fui
Sob o choro do luar
Nas lágrimas de sangue
De um tenro e místico olhar
Liberto foi meu coração
Ama e desama
Sem cicatrização
E aos novos tempos clama
Dei-me a liberdade
O sorriso do adeus
A angústia da derrota
E o início da batalha
Uma nova batalha
Aquela pela qual ansiei
Que me porá no chão
E estarei certa de que me enganei
Doce engano
Uma outra liberdade
Um outro sorriso
Uma outra vaidade
Apesar da inveja corrosiva
Meus planos se renovam
Um novo sentido cairá
E a um novo alguém atingirá
Que venha!
Agora que meu peito canta
Que o frio me percorre a espinha
Que meu coração livre palpita
Não escondo meus pesares
Os sentimentos remoídos
O ódio oculto
Noites e dias sofridos
Agora enterrei o medo
E a dor de não realizar
Cavo mais fundo ainda
Para minhas lembranças enterrar
Apagadas estão
E desde então
Alguém as tomará
Haverá outra face em seu lugar
Sob o canto lírico do vento
Deixo o grito escapar
Deixo ainda um último verso
Foi a última lamúria
Virão os novos guerreiros
Sedentos por me flexar
Deixarei que enterrem em meu peito
Para assim a dor cessar
Aprensente-me um novo riso
E uma nova forma de amar
A alma já está pronta
Para mais uma vez se aventurar
Bi