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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Liberdade para a alma



Liberta fui
Sob o choro do luar
Nas lágrimas de sangue
De um tenro e místico olhar

Liberto foi meu coração
Ama e desama
Sem cicatrização
E aos novos tempos clama

Dei-me a liberdade
O sorriso do adeus
A angústia da derrota
E o início da batalha

Uma nova batalha
Aquela pela qual ansiei
Que me porá no chão
E estarei certa de que me enganei

Doce engano
Uma outra liberdade
Um outro sorriso
Uma outra vaidade

Apesar da inveja corrosiva
Meus planos se renovam
Um novo sentido cairá
E a um novo alguém atingirá

Que venha!
Agora que meu peito canta
Que o frio me percorre a espinha
Que meu coração livre palpita

Não escondo meus pesares
Os sentimentos remoídos
O ódio oculto
Noites e dias sofridos

Agora enterrei o medo
E a dor de não realizar
Cavo mais fundo ainda
Para minhas lembranças enterrar

Apagadas estão
E desde então
Alguém as tomará
Haverá outra face em seu lugar

Sob o canto lírico do vento
Deixo o grito escapar
Deixo ainda um último verso
Foi a última lamúria

Virão os novos guerreiros
Sedentos por me flexar
Deixarei que enterrem em meu peito
Para assim a dor cessar

Aprensente-me um novo riso
E uma nova forma de amar
A alma já está pronta
Para mais uma vez se aventurar


Bi