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sábado, 18 de dezembro de 2010

Caderno de notas


Abraço meu caderno e durmo
É ele que guarda meus segredos
Sonho com tudo aquilo que lhe conto

Escrevo frenéticamente
Fecho-o
Abraço-o como a um amante,
depois da noite de amor

Espero que nunca venha a me abandonar
Ou me trocar
Quem sabe absorveu meus pensamentos
E quem sabe passou a ter vontade própria
E se tornou um espelho
Prestes a me dominar

Jamais o quebraria
Pois sem ti não manifesto uma exclamação sequer

Não me revele
Pois eu me revelarei aos poucos
Sou eu quem abro-te e vou te despetalando
Fazendo-te público e menos meu
E mais de todos
Ainda assim sou você e você, eu

Me transcrevo para ti
Te transcrevo para o mundo
De forma a que somos algo único
A ser dividido e desmistificado