Linda, me sorri de uma forma alegre. Assim ela entra no ônibus.
Encontra imediatamente meus olhos. Me conhecia?
Claro que não.
Mas me encantava.
Horário de pico. Multidão. E ela sorri, timidamente.
Eu me encolho, seus olhos pareciam me corroer.
Ai que dor apetitosa!
Abaxei a cabeça. E não vejo mais seu rosto. Logo vai se esvaziando.
Ouço o giro da catraca e ela está ao meu lado, em pé.
Temo olhar para cima e ela estar me olhando.
Ai que vergonha!
Linda...
Ela aproveita as curvas mal feitas para roçar suas pernas nas minhas.
Para me tocar. Fito-a inteiramente.
Belo corpo. Bela roupa. Bela garota.
Com seus um metro e setenta e poucos, seus cabelos louros e um ar não tão feminino.
Mas era encantadora a figura.
Morreria admirando-a.
Foi indo para o fundo do ônibus e meus olhos famintos a procuravam.
Encontrei.
Levantei-me e fui me espremendo entre os passageiros.
Então fiquei de costas pra ela. E a curva vinha e seu corpo vinha junto.
Sentia seu perfume e via sua silhueta no vidro refletida.
Sentou-se e a situação se invertera.
Curva vem e minhas pernas vão, quase que querendo enlaçar com as suas.
Disse algo.
Tiro os fones para ouví-la. "Quer que eu segure a mochila?".
Não, valeu, já vou descer gata!
É o que respondo e vejo o último sorriso.
Em minha mente já me martirizava,
quase que jogo para o alto meus compromissos e fico alí,
esperando o banco ao seu lado ficar vago.
Gata... Cheguei no meu destino.
Desço e arrumando a mochila ainda olho para dentro do ônibus.
Há! Estava ela a olhar, foi o último sorriso desperdiçado somente pra mim.
Naquele momento ela foi para mim,
só para mim
e eu me sentia a pessoa mais iluminada e sortuda do mundo.
Por um sorriso, apenas um sorriso...
Mas o acaso é assim mesmo.
Pena não ter sido em outro lugar, outra hora.
Ou pelo menos outra situação.
Linda linda linda!
Valeu-me o dia!
Valeu-me a ida!
Era um anjo!
Era um anjo!
Era um ANJO!
Encontra imediatamente meus olhos. Me conhecia?
Claro que não.
Mas me encantava.
Horário de pico. Multidão. E ela sorri, timidamente.
Eu me encolho, seus olhos pareciam me corroer.
Ai que dor apetitosa!
Abaxei a cabeça. E não vejo mais seu rosto. Logo vai se esvaziando.
Ouço o giro da catraca e ela está ao meu lado, em pé.
Temo olhar para cima e ela estar me olhando.
Ai que vergonha!
Linda...
Ela aproveita as curvas mal feitas para roçar suas pernas nas minhas.
Para me tocar. Fito-a inteiramente.
Belo corpo. Bela roupa. Bela garota.
Com seus um metro e setenta e poucos, seus cabelos louros e um ar não tão feminino.
Mas era encantadora a figura.
Morreria admirando-a.
Foi indo para o fundo do ônibus e meus olhos famintos a procuravam.
Encontrei.
Levantei-me e fui me espremendo entre os passageiros.
Então fiquei de costas pra ela. E a curva vinha e seu corpo vinha junto.
Sentia seu perfume e via sua silhueta no vidro refletida.
Sentou-se e a situação se invertera.
Curva vem e minhas pernas vão, quase que querendo enlaçar com as suas.
Disse algo.
Tiro os fones para ouví-la. "Quer que eu segure a mochila?".
Não, valeu, já vou descer gata!
É o que respondo e vejo o último sorriso.
Em minha mente já me martirizava,
quase que jogo para o alto meus compromissos e fico alí,
esperando o banco ao seu lado ficar vago.
Gata... Cheguei no meu destino.
Desço e arrumando a mochila ainda olho para dentro do ônibus.
Há! Estava ela a olhar, foi o último sorriso desperdiçado somente pra mim.
Naquele momento ela foi para mim,
só para mim
e eu me sentia a pessoa mais iluminada e sortuda do mundo.
Por um sorriso, apenas um sorriso...
Mas o acaso é assim mesmo.
Pena não ter sido em outro lugar, outra hora.
Ou pelo menos outra situação.
Linda linda linda!
Valeu-me o dia!
Valeu-me a ida!
Era um anjo!
Era um anjo!
Era um ANJO!