quarta-feira, 7 de julho de 2010
Everytime Burns
Existe um precipício
Existe o vácuo
Ando mais um pouco
Encontro o nada
O vento das incertezas
Sem palavras para me guiar
Luzes apagadas
Arrasto-me sob o luar
Estou invisível
Estou insensível
E quem atravessar meu caminho
O saberá
Uivando agônica
Andarilha das trevas
Inquieta e sombria
Névoa cinzenta aos meus pés
Nuvem negra sobre minha cabeça
Encontre sua resposta
Enterre suas perguntas
Deitada em meus sonhos
Me encontro a gritar
Gira o mundo
Gira a mente
Giram todos
Tudo se quebra
Se parte e se esvai
Dissipam-se os medos
Sob a tortura sutil
Um deus observa
Ardente e viril
Deleite sem fim
Ando e caio
O precipício me toma
O deus gargalha
Vestida em minha mortalha
Respiro sufocada
Aprisionada estava
E a alma apertada
Era tudo um devaneio
Mas o deus ainda espreita
Espera que lhe questione
Me queima
Me rejeita